2020 continua em 2021!

Dois mil e vinte foi um ano inusitado, um ano que a terra parou, um ano que todos tiveram que desacelerar, um ano de inseguranças e incertezas… Foi um ano de um jeito adaptativo, de tempos áridos de afeto, de uma pandemia, de muitos conflitos… Um ano de rever nossos propósitos, de mudanças, de apuração espiritual que implica na busca por um sentido de vida. Enfim, 2020 foi o ano difícil , como disse a pedagoga Mirtes Cordeiro no Blog Falou & Disse.

Dois mil e vinte foi um ano tenso, com muita gente sofrendo por causa da crise sanitária e econômica que assolou o mundo. Um ano para revermos nossos valores… Foi o começo de uma grande transformação e de uma crise ética que adentrou 2021 e segundo os especialistas vai perdurar por um bom tempo.

Enfim, o ano que passou foi um ano inusitado, indefinido e de histórias sem fim

Na pandemia do Corona Vírus, eu fui diagnosticado com Covid 19 assintomático no final do ano. Tanto é que não tive nenhum sintoma. Fui imunizado em fevereiro de 2021. Foi um ano do medo de ser infectado e infectar as pessoas. Nesta pisada, perdi pelo menos três amigos para a Covid 19. Um ano de calamidade e flagelo sem fim!

No confinamento tive mais tempo para ler e ficar com a família. Consegui ler quatorze livros e terminei o ano começando a ler mais dois: “Mulheres que correm com lobos” de Clarissa Pinkola Estés (psicóloga Junguiana, poeta e escritora norte-americana especializada em traumas pós-guerra) e o romance “A Viagem de Théo” da escritora e filósofa francesa Catherine Clement. Leituras ilimitadas e sem fim!

Na distonia focal, aprendi a escrever de um jeito adaptativo. Desta forma, consegui ter um melhor desempenho no meu trabalho no tocante a escrever algumas linhas ou assinar o nome, apesar das dificuldades enormes. Usar a caneta e o computador é uma tortura. As mãos estão cada vez mais rígidas e aleijadas apresentando dores, incômodos, causando um sutil descontrole emocional, precipitando irritação, confusão mental e descontentamento. Mas, mesmo assim, recebi uma benesse e uma pequena cura ou reabilitação parcial que tem me ajudado a dar conta do meu trabalho e garantir o zelo pela sobrevivência… Fiquei mais entusiasmado. Esta é uma doença sem cura. Um sofrimento sem fim!

No que diz respeito a BlogMania, escrevi quatro artigos para o Blog Homens de Bem e oito artigos para o Blog Estação Psicossocial. Histórias que não acabam; sem fim!

Nas artes taoistas do Tai Chi Chuan, eu encontrei a serenidade num cenário de tensões e medo, assim como busquei a harmonia e a quietude; o equilíbrio e a alquimia interna; o silêncio e a mente calma. Apesar do incômodo e aleijamento das mãos tenho buscado exercitar o Tai Chi diariamente e investido em práticas afins. É um estilo de vida, um universo sem fim!

No Santo Daime encontrei o caminho a ser seguido e a alquimia da transformação para o crescimento espiritual e a metamorfose da alma. Participei do I Encontro de Pesquisadores do Santo Daime: Homenagem ao Centenário do Padrinho Sebastião. Um caminho sem fim!

Na profissão, eu fiz dois cursos sobre Saúde Mental e Enfrentamento da Covid 19 pela FioCruz. O conhecimento é ilimitado. Só o começo de tudo.

Na clínica psicológica, eu vi crescer exponencialmente o número de pessoas com desajustes e perturbações emocionais. Um verdadeiro “boom” de transtorno do humor e descompensações agudas. Muitas mentiras, revoltas e insatisfações… Foi o ano que a falsidade e a mentira disfarçada de “fake news” começaram a reinar. E tem causado conflitos e transtornos subjetivos sem fim.

No aprendizado de línguas, eu investi no francês. Gosto muito do estudo das línguas, fala e linguagem. Gosto da Linguística e de idiomas. Tenho tido contato com o sânscrito devido as leituras dos livros sagrados védicos.

Na sétima arte, eu assisti a 9ª Mostra EcoFalante de Cinema de São Paulo que é um evento anual, que acontece desde 2012, sempre no primeiro semestre. O ano de de 2020 foi um tempo de muitas “lives” e encontro virtuais. O começo de uma nova era!

Dentre os vários filmes que assisti, destaco “O Poço” que retrata bem os tempos de 2020 onde vivemos um distanciamento social, não só por diferenças políticas, mas também pela já conhecida estrutura socioeconômica que afasta cada vez mais a população de um mundo que batalha por mais igualdade. O filme retrata, de maneira abstrata, nosso mundo de uma maneira tão assustadora quanto atual. A ganância e o egoísmo continua e é sem fim…

E as preocupações com a sobrevivência? São capazes de desestruturar qualquer um… O estresse ocasionado pelas apreensões e obrigações da rotina diária tem acentuado minha estabilidade e minha condição neurológica de saúde, consideravelmente e infinitamente…

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